sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Mais que 'obrigado'.

Eu, realmente, não gosto dessa história de fim/começo de ano. Não por ser chata ou careta ou por querer dormir cedo e curtir a minha solidão. Não gosto porque tudo isso acontece sem a minha vontade e eu não consigo fazer com que seja diferente.
É meia noite e quarenta e quatro minutos, já sábado, já dia primeiro, já dois mil e onze. E eu? tô sozinha, com vontade de chorar e me segurando pra não fazer isso porque depois vai ser difícil parar.
Mas tudo bem, só tem isso uma vez ao ano, então eu aguento.

E que o novo ano seja, então, bom como o que passou.

P.S: A ligação da Vi, praticamente, praticamente não, certamente, salvou minha noite!=)

Camila

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

A grande arte

Se eu firo duramente aqueles que me ferem? Pouco provável! Amo, então, aqueles que me amam? Em sua grande maioria. E amo, além disso, os que não me amam, mas ferem e não são feridos.

Não importa, na verdade, qual seja a minha grande arte. Já os meus dilemas e tristezas eu sei bem quais são.
O que eu preciso é de prazer, de todas as formas que eu puder encontrá-lo, o que tá faltando é sentir prazer, literalmente até, e não insatisfação.
Se a satisfação tirou férias de mim eu não sei, mas, mesmo que eu queira, algumas das coisas que me deixavam bem, não fazem mais diferença.
E se eu tô com preguiça de fazer qualquer coisa, é porque já tô cansada dos mesmos rituais que sempre me levam aos mesmos lugares. Eu entro amando e saio ferida, sem ou com prazer, sempre o mesmo fim.
O que cansa, talvez mais que tudo, é perceber que tem muita gente que nem liga pra você nem pra nada, e, por mais que você se importa, quase ninguém faz isso.
Quantas noites já passei assim? Chorando até tudo doer, por ciúmes, por raiva, por amor, por solidão. E o que sempre acontece? O dia seguinte chega e eu tenho que seguir. Sem muitas surpresas, a vida continua.
E sempre há um modo de sentir prazer, pra gente continuar achando que é feliz. Que seja como cada um gosta: com chocolate, livros, tv, amor, beijos, sexo ou ilusão.
Talvez uma noite inteira com tudo isso me faça, além de me sentir menos só, continuar o outro dia melhor.

Camila

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Que amor é esse?

Eu ouço músicas que falam de amor, esse é o tema preferido das novelas. Nos livros, nos filmes, no passado, no presente, os jovens, os nem tanto, homens e mulheres de todo lugar, sempre falam de amor, o amor, o amor.
Mas que amor é esse? Algumas páginas do livro até são reservadas pro sofrimento, mas depois disso é tanta alegria. É só alegria. E eu acho que eu não sei amar, é essa a questão.
Já amei de menos e agora devo amar demais. E esse demais não tem nada dessa felicidade pintada, porque eu também espero demais, quero demais, quero mais e sempre, sempre, sempre mais. E o amor, o tão lindo amor, que eu não sei medir, me faz ficar frustrada e triste, tentando saber qual o meu problema, sendo que o problema não sou eu, é o amor. O amor que me faz querer toda a atenção, todo carinho e tudo que puder ter. E o que não puder também.
Não é que eu não acredite nele, só não sei amar direito e é tão melhor saber.
E se ninguém sabe, fica todo mundo esperando mais do outro, o problema é que nunca espero de quem espera de mim. E esse já é outro problema: reciprocidade.
Toda sutileza que eu sabia deu lugar a algo avassalador. E tem que sair de perto, porque esse negócio de amor não é simples assim, não. De vez em quando parece ódio, de vez em quando parece muito, depois parece pouco, depois não parece com nada e volta a ser amor. Não o que inventam, o de verdade. O que eu, sinceramente, passo noites e noites tentando entender ou ajustar, o sem medida, sem regras e sem jeito de ser um pouco mais calmo, mas, apesar de tudo, feito pra mim.

Camila

sábado, 18 de dezembro de 2010

Vermelho

Mais uma vez o final. E mais uma vez é hora de pensar um pouco mais. Ou não.
O bom disso tudo é essa expectativa que a gente cria, essa fé que a gente deposita na nova chance e os agradecimentos que a gente faz, quando na verdade deveria fazer todo dia.
Esse ano foi a confirmação de muita coisa na minha vida: realmente conquistei amigas especiais, me desliguei de quase tudo que era ruim, me apaixonei de um modo que não sei até agora me desvencilhar, amadureci, mantive o que valia a pena, prestei o melhor curso que poderia pensar e faço o que me faz feliz, mudei e tenho tentado entender, por muitos meios, um pouco mais sobre meu próprio mecanismo. Meus dias tem sido, definitivamente, essa confirmação e eu me sinto realizada por perceber que ultrapassei algumas barreiras que eu mesma havia criado.
Confesso que, com tantos finais e recomeços, me sinto, muitas vezes, acuada e cheia de medo, me sinto uma adolescente por chorar tanto por amor e ódio e uma criança por ter medo de ficar sozinha, mas às vezes, como agora, me sinto uma mulher. Que pensa mais do que deveria, que sofre antecipadamente, que não entende nada, que sofre, chora e é feliz. E é feliz, só tem medo porque, nossa, a vida é grande demais e o que me espera, me espera. Eu espero.
E o que eu quero dizer, então, com tudo isso? Que eu só quero, pro novo ano, o que venho tendo até então. Meus amigos, minha família, meus livros, minhas músicas, minhas certezas, minhas angústias, meus medos, meus segredos, algumas realizações e alguns bons sonhos. Nada de muito extravagante, só as pequenas coisas que movem qualquer um por aí. A diferença é que as minhas coisas me levam pra looooooooonge, bem longe. E é longe que eu tenho estado, de muita gente, de muita coisa e de mim. Longe pra pensar, longe pra sentir melhor, longe porque perto não há santo que segure meu impulso, longe porque é longe que me querem.
Não sei se eu tô muito feliz, é difícil saber e é difícil ficar muito feliz, não sei se acredito nisso tudo, não sei nem se tem um gatinho da malhação me esperando ali na esquina, mas, meu bem, se eu não tentar, quem vai tentar por mim? E novo ano, me parece, tá aí pra isso, não é? Pra gente começar de vestido branco, cueca bem vermelha e com uma fitinha amarela em alguma parte do corpo.
Vou esperar por algumas mudanças e que elas esperem por mim. E que estejam, de preferência, vermelhas.

Camila

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

É quase isso

Pura mistura.
Um pouco de tudo que há de bom e ruim, um pouco do bonito e do feio, do alegre e do triste, de todos os opostos que existem por aí nesse mundo.
Um bom tanto de preguiça, de ociosidade, de ‘uais’ cheios de sossego. Um pouco da pressa do mundo, do caos, da vontade de ter pra ontem, de correr contra o tempo, ou mesmo contra nada.
Bastante ciúme, vontade louca de ser quase dona, uma certa dose de loucura que é comum a todos e uma parte que é só minha, meu excesso. Romantismo explícito ou frustradamente escondido, transparente em cada olhar que brilha ou em cada sorriso que demonstra bem mais que alegria.
Fé inabalável, mas que desconfia e chega a ter medo do que é religioso. Confiança no mundo, nas pessoas, em boas atitudes, no amor, na amizade. Um pouquinho de desconfiança, que não chega a me fazer dormir com um olho aberto e outro fechado, mas faz bem pra deixar um pouco esperta.
Muito choro e muito sorriso, às vezes os dois ao mesmo tempo, tipo chuva e sol. Mas daí já não é casamento de espanhol, é tpm mesmo.
Muitas manias, muitos vícios, muito jeito pra ser engraçada de vez em quando e uma incrível alma artística pra chorar na frente do espelho, fazendo cara de mocinha de novela, só pra ver o estrago que as caretas fazem.
Um pouco de medo, de coragem, de decisão, de amores, de paixão. Tanta saudade que nem cabe aqui, amor pelas amizades que eu conquistei.
Raiva que logo vai embora e um grande amor que sempre fica. Alguns sonhos realizados e outros ainda nascendo. Um pouco de alegria e dor. Verdades e algumas mentiras, todo desejo de ser sempre assim e, ao mesmo tempo, sempre mais.

Camila

Amanhã!

Eu sempre me sinto um pouco cansada (ou muito) por deixar tanta coisa pra amanhã.
Coisas que eu quero falar e fazer. Atitudes que há muito tempo eu deveria ter tido, coragem, menos preguiça, mais vontade de fazer hoje, de não deixar coisas pra um depois que talvez nem chegue. Ah, que canseira de ser frouxa o suficiente pra empurrar a vida com a barriga e, meio que, me anestesiar pra viver essa loucura de uma forma menos doída.
Não devo ser a única a adiar as coisas, mas o que me importa sou eu. E eu adio tanta coisa que nem lembro mais. Mas amanhã eu me lembro e termino de contar! =D

Camila

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

5 amigas e...

Alguns dias da minha vida merecem ser repetidos, só pra eu ter certeza do que é ser eterno.
Dias, momentos e pessoas que não ficarão pra trás em nenhuma hipótese. E agora, só de fechar a porta, já tô com saudades e com vontade de nunca perder, de nunca deixar de fazer parte, saudade.
Vontade de ter pra sempre, saudade de todo dia, orgulho pelo que existe, expectativa pelo que vem, amor por nós, pelo encontro. Amor por conhecer, saber e escolher. Amor pela amizade e pelos 'dias que não deixaremos para trás'.
Mas eu odeio despedidas, até prefiro uvas passas com arroz!

Camila

domingo, 14 de novembro de 2010

E só

'Já conheci muita gente
Gostei de alguns garotos
Mas depois de você
Os outros são os outros
Ninguém pode acreditar
Na gente separado
Eu tenho mil amigos mas você foi
O meu melhor namorado
Procuro evitar comparações
Entre flores e declarações
Eu tento te esquecer
A minha vida continua
Mas é certo que eu seria sempre sua
Quem pode me entender
Depois de você, os outros são os outros e só'

É certo que nem todos podem me entender. Mas ainda mais certo é que eu entendi o motivo de ter sido essa música, eu entendi o porquê de ter sido pra mim e, bem melhor que entender, eu percebo o quanto vocês, 'meu círculo próximo', entendem de mim e das coisas que me deixam feliz ou não.
Se depois desse 'você' os outros são só outros, depois de vocês nem dá pra pensar em outras. É só com muito respeito, dedicação, com muita vontade, muito carinho, muito amor, muito companheirismo, muita preocupação, muito cuidado, muitos sorrisos, é só assim que se pode encontrar o que já temos: muita amizade. E só o nosso 'círculo' é tão especial e tão diverso, e o melhor de tudo é essa diferença toda que, ao invés de afastar, aproxima.
E sabe o que eu quero? Passar muito tempo comendo macarrão com muuuito queijo e pavê ao lado de vocês, quero ouvir as risadas e os conselhos e broncas, ficar ouvindo o violão e as vozes, ficar olhando os sorrisos e pensando no quão importante é sentar no chão e ver vocês, quero aprender marcha soldado e as músicas que os sertanejos estragaram. E SÓ!

Camila

sábado, 6 de novembro de 2010

Não é?!

Pra cada não que a gente diz, há um sim perdido por aí. O retrato do que poderia ter sido e não foi.
Desde que me entendo por gente sou adepta da permissão, sempre era do grupo dos que permitiam. Tudo e todos. Eu me permitia, eu me dava o direito de. Eu me dou todos os direitos, mesmo que eles sejam completamente errados. Mas falar sobre o erro também já me faz partir pra outra pergunta: errado é o que mesmo?
E como a gente se engana com essa possibilidade, como a gente se engana com tudo. Tudo que parece pode não ser. E o risco do erro é grande, a gente engana, a gente se engana.
Tudo pode ser. Ou não. Eu posso ser quem pareço, ou não. Posso afirmar ou negar isso tudo, mas é tão bom saber que se pode ou não. É tão bom saber o que se é, e não saber. É bom ser e não ser e parecer e deixar todo mundo pensar sobre mim. Alguns, inevitavelmente, sempre sabem a verdade, mas é só porque eles já se transformaram num pouco do sim e do não, dos contrários que eu sou.
Pra cada não, um sim. Sempre dois caminhos, sempre duas possibilidades, vai ou não vai. É ou não é. Eu gosto tão mais de dizer sim, porque um não no caminho muda tudo. Então eu me permito, ir ali e além. Ser e tentar, não ser e me enganar, permito deixar de ser e viver tentando entender, me entender.
Pode ser por você, por mim, por amor ou falta de. Pode não ser. Mas, hoje, é sim!

Camila

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Dialética

'É claro que a vida é boa
E a alegria, a única indizível emoção
É claro que te acho linda
Em ti bendigo o amor das coisas simples
É claro que te amo
E tenho tudo para ser feliz


Mas acontece que eu sou triste...' (Vinícius de Moraes)

e não é?!
tudo é pra gente ser feliz. o amor, o amor principalmente. mesmo quando ele ainda nem existe. Por que a tristeza do caminho fica menor, quase invisível, com amor.
Que coisa mais gostosa de se sentir: amor, todo amor!

Camila

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

De todos!

É mais ou menos assim: o que querem é que eu pense no futuro, meu passado não resolvido reapareceu inesperadamente e o presente que eu tanto forço pra continuar vivendo não é meu.
Acho que é isso: estou pulando constantemente do passado ao futuro, do presente ao passado. De você pra ele. Deles pra vocês. De mim pra todo mundo. De nada pra nada.
Tenho a impressão de ter mentido pra mim o tempo todo. E pior de tudo é que eu continuo mentindo descaradamente, a cada minuto e sempre mais.
Por que se eu fosse tão bem resolvida com todos esses meus tempos, eu não sofreria tanto pelo que passou, pelo que ainda tá passando e nem pelo que vai passar.
Eu deveria ter procurado, ligado, brigado, falado, chorado...eu deveria ter demonstrado qualquer coisa que não fosse indiferença. Se eu tivesse feito tudo isso ao invés de virar as costas e não voltar mais, talvez não precisasse cuidar desses fantasmas. Eu precisava ter deixado todo mundo ver o final da história, mas, como sempre, fui omissa demais e preferi deixar uma pontinha de qualquer coisa que seja pra trás. Só acho que coração nenhum deveria acelerar tanto por algo que já foi.
- Ei,menina. Já foi mesmo?
Mas que pergunta...
Ah, e eu amo tanto o que eu vivo/não vivo/deveria viver, amo tanto esse agora, o instante mais perto de mim, o presente. Só que o presente machuca mais que o passado, talvez porque ele possa ser mudado ou não. E essa possibilidade do não é prato cheio pra viver um pouco menos feliz. É, o que amo está aqui. Mas o que é o que lá ficou?
E o que será? agora não consigo pensar, nem procurar, nem conhecer, nem mesmo sonhar. Vai ser sem mesmo que eu queira. Pode ser de novo o que passou, pode ser o que passa, pode ser nada disso. Mas agora não dá pra saber.
E porque eu vivo mentindo pra mim? Só pq eu não resolvi nada na minha vida e digo que sim, pq não tá tudo bem quando eu digo que tá, pq eu quero saber e não esquecer.
E aí...e aí eu não sei, eu nunca sei! Só acho que é saudade...de todos.

Camila

domingo, 17 de outubro de 2010

Completo nunca fica

Sempre falta alguma coisa.
E é esse o segredo da vida: sempre faltar pra gente sempre procurar.
Tem dias que eu procuro bastante, que eu me forço a sentir completa, tem dias que eu resolvo meus mistérios. Em outros, como hoje, não tenho paciência pra essa frescurada toda, não tenho paciência pra me entender e nem pra tentar perceber o que eu quero, não quero nem saber o que falta e em que lugar eu encontro. Eu posso comer a casa inteira que o que tô mesmo com vontade não tem aqui e, provavelmente, em nenhum lugar, posso sentar, deitar, levantar, me olhar no espelho, arrumar meus óculos, posso tirá-los, eu posso ler todos os livros que eu tenho, posso tentar dormir, posso ligar e desligar a tv, ouvir todas as nove mil e duzentas músicas que eu tenho aqui que nenhuma delas vai me fazer sentir coisa nenhuma que não seja o vazio por saber que falta alguma coisa.
Eu posso ter todas as coisas que eu preciso e ainda assim vai sobrar esse espaço vazio, vai sobrar umas linhas em branco, em preto, em tudo que não seja colorido. Eu vou sobrar inteira e vazia, cheia da falta de. Sem vontade de encontrar o que quer que seja, sem vontade de tapar o sol com a peneira, sem vontade de esperar qualquer coisa, sem vontade de entender o que acontece e o que não acontece, sem coragem, sem vontade, sem vontade de perceber porque a gente perde tanto tempo fazendo nada, amando nada, comendo nada, e sentindo nada. O que a gente faz é passar o tempo cobrindo a falta com nada, pelo menos nada que não se transforme em falta logo depois. Hoje não quero procurar mais não, talvez amanhã eu volte a acreditar nessa busca...

Camila

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

"Todo mundo de repente ficou lindo, lindo de morrer"

Para uma Menina com uma Flor

"Porque você é uma menina com uma flor e tem uma voz que não sai,
eu lhe prometo amor eterno, salvo se você bater pino,
o que, aliás, você não vai nunca porque você acorda tarde,
tem um ar recuado e gosta de brigadeiro: quero dizer, o doce feito com leite condensado.
E porque você é uma menina com uma flor e chorou na estação de Roma porque nossas malas seguiram sozinhas para Paris e você ficou morrendo de pena delas partindo assim no meio de todas aquelas malas estrangeiras.
E porque você sonha que eu estou passando você para trás, transfere sua D.D.C. para o meu cotidiano, e implica comigo o dia inteiro como se eu tivesse culpa de você ser assim tão subliminar.
E porque quando você começou a gostar de mim procurava saber por todos os modos com que camisa esporte eu ia sair para fazer mimetismo de amor,
se vestindo parecido.
E porque você tem um rosto que está sempre um nicho, mesmo quando põe o cabelo para cima, parecendo uma santa moderna, e anda lento, e fala em 33 rotações mas sem ficar chata. E porque você é uma menina com uma flor, eu lhe predigo muitos anos de felicidade, pelo menos até eu ficar velho: mas só quando eu der uma paradinha marota para olhar para trás, aí você pode se mandar, eu compreendo.
E porque você é uma menina com uma flor e tem um andar de pajem medieval; e porque você quando canta nem um mosquito ouve a sua voz, e você desafina lindo e logo conserta, e às vezes acorda no meio da noite e fica cantando feito uma maluca.
E porque você tem um ursinho chamado Nounouse e fala mal de mim para ele, e ele escuta e não concorda porque ele é muito meu chapa, e quando você se sente perdida e sozinha no mundo você se deita agarrada com ele e chora feito uma boba fazendo um bico deste tamanho.
E porque você é uma menina que não pisca nunca e seus olhos foram feitos na primeira noite da Criação, e você é capaz de ficar me olhando horas.
E porque você é uma menina que tem medo de ver a Cara na Vidraça, e quando eu olho você muito tempo você vai ficando nervosa até eu dizer que estou brincando.
E porque você é uma menina com uma flor e cativou meu coração e adora purê de batata, eu lhe peço que me sagre seu Constante e Fiel Cavalheiro.
E sendo você uma menina com uma flor, eu lhe peço também que nunca mais me deixe sozinho, como nesse último mês em Paris;
fica tudo uma rua silenciosa e escura que não vai dar em lugar nenhum; os móveis ficam parados me olhando com pena;
é um vazio tão grande que as mulheres nem ousam me amar porque dariam tudo para ter um poeta penando assim por elas, a mão no queixo, a perna cruzada triste e aquele olhar que não vê. E porque você é a única menina com uma flor que eu conheço, eu escrevi uma canção tão bonita para você, "Minha namorada", a fim de que, quando eu morrer, você, se por acaso não morrer também, fique deitadinha abraçada com Nounouse cantando sem voz aquele pedaço que eu digo que você tem de ser a estrela derradeira, minha amiga e companheira, no infinito de nós dois.
E já que você é uma menina com uma flor e eu estou vendo você subir agora - tão purinha entre as marias-sem-vergonha - a ladeira que traz ao nosso chalé, aqui nessas montanhas recortadas pela mão de Guignard; e o meu coração, como quando você me disse que me amava, põe-se a bater cada vez mais depressa.
E porque eu me levanto para recolher você no meu abraço, e o mato à nossa volta se faz murmuroso e se enche de vaga-lumes enquanto a noite desce com seus segredos, suas mortes, seus espantos - eu sei, ah, eu sei que o meu amor por você é feito de todos os amores que eu já tive, e você é a filha dileta de todas as mulheres que eu amei; e que todas as mulheres que eu amei, como tristes estátuas ao longo da aléia de um jardim noturno, foram passando você de mão em mão até mim, cuspindo no seu rosto e enfrentando a sua fronte de grinaldas; foram passando você até mim entre cantos, súplicas e vociferações - porque você é linda, porque você é meiga e sobretudo porque você é uma menina com uma flor." (Vinicius de Moraes).

Isso é que é lindo e faz vários sorrisos...

Camila

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Não eram meus, não era sua.

Me dei conta que matei e, sobretudo, enterrei algumas pessoas, alguns momentos, alguns cheiros, uma parte da minha vida que me pareceu estranha, de outra pessoa.
Me senti como uma estranha contando uma história pouco conhecida, lembrando tempos que não são meus, forçando muito pra lembrar o que veio depois e quem foi embora antes.
Não sei o que eu sentia, o porquê das flores, não reconheço os perfumes,não lembro dos sorrisos e das lágrimas minhas, deles, nem minhas por eles.
Consciência de que foi importante eu tenho, foi de primeira mão, foi novidade, descoberta, foram paixões, foi primeiro, segundo, terceiro, quarta e quinta, todo dia.
Teve intensidade, eu sei, teve tudo que deveria, e não, ter. Lembro que ria, não sei de quê, lembro que gostava do que não existe mais, lembro de algumas estrelas e um esquimó romântico, só faltou ter amor pra lembrar.
Quando eu conto, me sinto mentindo ou criando. Mas não! Foi mesmo comigo. Eu fui tão decidida nesse meu passado estranho (e não tão distante) que simplesmente não perdoei traições e mentiras, não quis cuidar de ninguém, não quis cair em tentação nenhuma vez, eu só quis seguir. Só me surpreendo, hoje, por perceber o quanto fui forte e quão rápido foi o processo. Não que eu tenha riscado ou passado uma borracha, eu rasguei em pedacinhos o papel inteiro, joguei longe, mandei embora. Nunca mais vi, nunca mais perguntei por, não lembrei, não chorei pela falta, não pensei em ligar, não reconheci mais nada, não senti e nem lembrei do que havia sentido. Eu exclui, eu enterrei, eu segui, ficou pra trás. Sem saudade, sem muitas lembranças, sem nada.
Quem, hoje, conta essas lembranças meio velhas e ultrapassadas, é menos forte e decidida, talvez seja porque agora existe amor e pode ser que ele enfraqueça. Talvez por amor é que existe perdão, lágrimas, sorrisos, e perfumes reconhecidos de longe. Pode ser que esteja mais fraca, mas acho que futuramente, vou lembrar do porquê da falta de flores, vou lembrar que não havia nenhum esquimó e muito menos romântico, talvez eu me lembre o motivo de cada coisa que eu faço, talvez eu me sinta personagem dessa história e não rasgue todas as folhas.
Preciso lembrar como é ser forte, lembrar do amor eu não preciso. Só pra saber se o bom é seguir, sem amor e com certeza, ou esperar, com dúvidas e um amor como companheiro.

Camila

sábado, 18 de setembro de 2010

não tem lugar

"O meu mundo não é como o dos outros,
quero demais, exijo demais;
há em mim uma sede de infinito,
uma angústia constante que eu nem mesma compreendo,
pois estou longe de ser uma pessoa;
sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudade… sei lá de quê"


tem dias que eu não tenho lugar, que nada parece estar certo, tem dias que nada é meu!
e hoje é assim: estou aqui e em todos os outros lugares, não estou em nenhum. De jeito nenhum.
não tem lugar pra mim no mundo hoje,nem lugar em mim pra ninguém.
é questão de encaixe, um dia dá certo, outro não. É a vida,né!? É ter saudade do que sabe e do que nem imagina...

Camila

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Pequena

Reparando bem, nada faz sentido na vida. Nem a própria vida faz.
Acredito que em um ou outro momento todos percebemos que é assim,e às vezes uma aula maravilhosa nos faz lembrar do que é evidente.
Todo mundo vive meio que no escuro, tudo é mais ou menos de surpresa, tudo que a gente espera é alguma coisa que nem conhece e nem sabe se vem, não sabe de onde vem,a gente não sabe nem porque quer. É tudo puro mistério.
Eu facilmente enlouqueceria se sempre pensasse pra que comer, porque amar, trabalhar, limpar, sujar, rir e chorar, porque transar, brigar, odiar e esperar, porque planejar, lavar,respirar, porque respirar?
Talvez o bom da vida seja exatamente esse não saber, talvez bom seja arriscar o que tem e o que nem pensa em ter, vai ver nem era pra ter sentido. E não tem.
Ninguém explica a vida, nem a morte, nem o que acontece entre as duas. Não se explica, não entende, não sabe, não prevê, não aceita.
Talvez eu só venha a entender no fim, e tudo comece a ter um pouco de sentido pra mim, enquanto pra alguns é exatamente por isso que vai ser ainda mais sem sentido.
Começa pra uns, termina pra outros. Mas não há quem não fique no escuro, tentando saber um pouco mais, tentando sentir um pouco mais, tentando ter olhos um pouco maiores. Diante de tanto mistério só dá pra saber o quão pequenos somos todos. Pequena, pouco e quase nada. Não por nada, não por tristeza nenhuma, não por saudade, não por amor, não por dor, não por mim, nem por você. Só sou pequena por ser, sem saber, só por ser pequena e ser eu. E por não ter sentido.

Camila

domingo, 5 de setembro de 2010

preciso parar de dormir pra sonhar menos

eu acho que essa é a única solução pra eu parar de ter sonhos malucos.
Vi e eu temos tanto, mas tanto medo de recebermos no nosso aniversário aqueles carros que falam mensagens,sabe?!E eu sonhei hoje com esse negócio. Bem, é melhor ninguém fazer isso pra mim, mesmo. Não iria perdoar. Mas Vi, já entrei em contato com pessoas que fazem isso em Pira, tenho certeza que esse é um daqueles 'sonhos-sinais',sabe?
Antes disso(e sem auto-falantes) só é pra você saber que eu sei,mais que ninguém,o quanto do meu lado você anda e está. Mesmo que achem que eu tenho problema e que você está reclamando pela minha comida é bom que me confudam com você, pra ser sincera eu também confundo às vezes. Porque é mesmo quase a mesma coisa. Porque é mesmo bom compartilhar sonhos(sonhados enquanto estou acordada ou dormindo) com você e porque dói não ser sempre como você merece. Mas por amor eu tento,sempre tento!
Fifian, quero que chegue logo 17 de janeiro, porque vai ser muito legal te acordar gritando.(não precisa retribuir,tá?beijos =D)

Camila

sábado, 4 de setembro de 2010

um pouco de leveza

É difícil entender sentimentos,não é!? É tão complicado entender porque eu rio tanto,choro tanto, porque eu sou tão feliz e tão triste,porque sou tão inconstante!?
Não é fácil entender porque eu tenho tanto medo.
Medo de mim, dos meus instintos, dos meus desejos incontidos, dos meus atos impensados, da minha consciência que não me condena e se condena por não condenar.
Da culpa que eu não sinto, da vontade que não vai embora, medo dos outros, de mim, de nós todos. Da tpm com frustrações que me faz descontar grosserias em quem mais amo no mundo, medo da minha falta de controle nessas horas, da falta de noção pra perceber limites, pra perceber que mesmo o que não é feito por mal tem consequências.
Medo de acreditar, de não me conhecer, de não saber se é por amor ou por falta de. Pensar dói, dói nem sei onde. Porque quem questiona como eu tenho feito, quer respostas e eu não as tenho. Nenhuma,nem a mais simples delas. Só um cansaço enorme por não saber, por ser pouco convicta, por escrever sete finais diferentes pra mesma história, mesmo sabendo que a oitava opção,bem aquela que não conheço, é que vai se revelar no fim das contas.
Talvez eu precise de um pouco de leveza,de um pouco mais de calma, paciência, de menos medo, de menos noites mal dormidas, de menos confusão.
Porque tirando esses medos momentâneos, não sobra espaço pra nada ruim. Tem muito sorriso aqui também. O problema é que eu vivo numa velocidade maior do que deveria, eu quero saber como vai ser semana que vem e esqueço de prestar atenção em como hoje está sendo. Tudo culpa desse medo besta e adolescente. Tudo culpa dessa velha e boa mania de querer tudo aqui e agora, tudo culpa desse cheiro de chuva que eu tô sentindo. Faz lembrar tanta coisa que foi e não é,que era pra ser e não foi, tanta coisa que ainda não é e eu já sei.
Porque será que quando há sol e calor não sinto saudade de nada?!

Camila

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Reflexos de um dia incomum

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente

Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
(Vinícius de Morais)


É assim que as coisas acontecem. De repente.
Você acorda em um dia que deveria ser comum, mas não é. O sorriso aparece mais fácil, os olhos inchados são só o reflexo de uma noite ruim, antes do de repente.
O medo é menor, a tristeza que era profunda já é superficial, antes não via luz alguma, agora é tudo muito claro. Tinha certa resistência em rasgar papéis, cartas, bilhetes e fotos, agora ver os pedaços disso não dói, nem incomoda tanto, nada incomoda tanto.
Tudo parece mais leve, menos cansativo, tudo parece possível. Parece assim porque é, e é muito bom acordar nesse dia incomum e perceber que não se pode perder tempo, que ninguém merece passar mais de cinco minutos sem sorrir.
As músicas que tentava evitar, quer ouvir mil vezes, ainda chora ou sorri por algumas, mas consegue. Consegue isso e muito mais, usar os perfumes, ver tudo, ler tudo, ouvir tudo, lembrar tudo, pensar tudo, planejar tudo, sonhar tudo, consegue tudo.
Antes achava que o mundo não mudava, que estava estagnado e que só andaria devagarinho, quase parando. Mas não, o mundo e tudo o mais muda, a vida gira, dá voltas, tudo e todos podem mudar, tudo pode acabar, começar, voltar e ir pra sempre e isso pode acontecer assim...de repente.
Não há nenhuma separação, só a certeza que de uma hora pra outra tudo é capaz de não ser mais igual. Do mesmo modo que do riso faz-se o pranto, do pranto faz-se o riso, e é bem melhor olhar por essa perspectiva. Como nada é definitivo, tudo é assim só por hoje, pode até ser um começo ou só o reflexo de um dia incomum.

Camila

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Melhor duvidar.

Nada de especial acontecendo: hoje é terça, tive a primeira aula, a segunda não porque tenho italiano a noite,tô aqui no polo com a Vi esperando a hora passar pra gente almoçar, depois vamos passar em casa, ir na Bia e na rodoviária. Tá muito frio aqui, e eu ainda tô ficando com sono toda tarde. Não consegui me concentrar muito na aula,mas não por ter pensando em outras coisas ou pessoas,é porque esses assuntos não são muito minha praia e então qualquer coisa me desconcentra.
Talvez eu tenha me enganado e tudo isso seja especial,porque muitas vezes um dia que nada promete,um almoço comum,uma ida à rodoviária, surpreendem bem mais do que momentos que a gente tanto espera e cria expectativas que não são,depois,superadas.

É por isso que eu acho que devemos mesmo valorizar cada pequena coisa que passa por nós. E talvez aquele clichê que diz que devemos viver cada dia como se fosse o último faça um pouco de sentido. Porque eu,e provavelmente muita gente,sempre penso que vou ter mais uma chance,sempre penso que ainda vou ver mais uma vez,sempre penso que o destino ainda vai me fazer cruzar de novo o caminho de quem agora está longe. Até de forma inconsciente eu deixo pra aproveitar mais amanhã, porque amanhã está aí e eu vou poder de novo. Eu sempre penso que se eu desligar o telefone na cara de alguém ele vai retornar, se eu mandar embora,vai voltar.Se eu falar que nunca mais,sempre vai vir e me convencer que sim,se eu bater a porta,volta e abre e entra e não é assim.
Eu posso bater várias portas, mas em um dia comum, aquela pessoa que eu tenho certeza que volta,vai embora. E eu fico com a porta fechada, perplexa pelo fim dessa história,só porque eu ainda achava que eu sempre podia de novo,mais e ainda. Por isso,não quero ter certezas,nem bater tantas portas. É melhor duvidar e deixá-las abertas.

Camila

sábado, 14 de agosto de 2010

Ninguém é

A verdade é que ninguém é sozinho. Não quero dizer que as pessoas não vivam ou se sintam sozinhas. Digo que ninguém é,ninguém existe sozinho. Cada um de nós é um misto de muitas e muitas coisas, de muitas outras pessoas,de muitos jeitos, de muitas caras,de muitos gestos,de muitos livros,de muitas músicas,de muitas histórias,de muitos sentimentos e muitos segredos. Sem isso ninguém é,ou é um vazio.
Percebo,cada vez mais, que o contato com o mundo modifica,acrescenta,melhora,transforma, algo em mim, e em todos e que todo mundo leva um pedaço do outro e das coisas que toca.
É simplesmente maravilhoso perceber que algumas coisas em mim lembram características de pessoas com quem convivo ou já convivi,é muito bom que eu seja um misto das pessoas que eu amo,dos livros que leio,das músicas que ouço,das histórias que me contam,dos gestos que eu vejo. E é assim que a gente nasce,de fato:vendo,ouvindo,lendo,observando e mantendo contato com outros,o que nos faz ser alguém carregando um pouco de cada parte que já existe no mundo. E é por isso que digo que ninguém existe sozinho,ninguém é, sem pessoas,sem histórias,sem gestos,sem construção.
E esse processo que nos deixa tão cheios do outro, tão parecidos com tudo e com todos não tem fim e nem volta.
O que a gente traz do outro e de tudo fica pra sempre, permanece,torna-se nosso.
É mesmo fantástico...

P.S:Por falar em marcas, hoje é 14 de agosto. São 16 meses,489 dias(bom,vou parar por aqui com os números, esse não é,definitivamente,meu forte!)que uma dessas pessoas marcantes resolveu deixar em mim partes do que ela é. E eu tenho certeza que isso aconteceu,de um jeito ou de outro aconteceu. Não é muito difícil de perceber,tem sempre alguma coisa dela no que eu falo,no que escrevo,no que eu penso e no que eu sou. E mesmo que os caminhos tenham mudado, o que era só dela agora é meu também.
Nunca quero ser tão explícita quanto a isso, tampouco implícita demais.Não gostaria também de ser confusa ou prolixa. Bem...lacônica e direta certamente eu não sou!

terça-feira, 10 de agosto de 2010

e é imensa (...saudadeeeeeee!)

Enquanto eu vinha pra Araraquara ontem a noite e via,de longe,a cidade com muitas luzes acesas, comecei a pensar no quanto o mundo é grande e no quanto tudo é grande. Até parece filosofia de boteco,né?!Mas não é. Não que não seja filosofia,é que não frequento botecos.
Enfim,cada luz daquela que eu via de dentro do ônibus estava acesa na casa de alguém. De alguém que eu conheço,de alguém que gosto,de quem eu nem imagino que existe,alguém que nunca vou chegar a ver. Não tem nada de extraordinário nisso,mas enquanto eu simplesmente estou voltando pra casa tem gente fazendo milhares de outras coisas. Enquanto eu durmo e sonho,ou sonho e não durmo, tem gente nascendo e gente morrendo,e rindo,comendo,vivendo e tem luz apagando e acendendo o tempo todo.
É tudo grande demais,todas as coisas que estão em volta da gente são grandes demais. E nós não,e eu não.
Além disso,é estranho perceber que eu posso não ser grande, mas o que há dentro de mim é.
O mundo aqui fora é grande e me ajuda a esquecer do que se passa aqui dentro. Porque eu posso fazer inúmeras coisas e ocupar 24 horas do meu dia,mas o mundo aqui de dentro,que não fica atrás no quesito tamanho,grita,chama e quer me mostrar que existe. Que ainda tem coisas que eu não resolvi,que eu não sei resolver.
Pode ser um cantor,uma música,um olhar,um cheiro,uma foto,uma noite. Pode ser o vento que bate,os sorrisos que eu lembro,a companhia que falta,o carinho que não mais está.Pode ser que tudo isso junto me faça terminar a noite assim:com uma saudade enorme e com a sensação de que o mundo se tornou um pouco menor pra mim sem o que é tão importante,mas não sei se é isso. No fim das contas isso só ajuda,essa falta nunca me deixa.
E o mundo é tão grande, é tudo tão grande,e quem vai saber o que as outras pessoas fazem agora? Quem vai querer saber o que eu faço?Quem vai saber o que eu quero?
Aqui dentro,vou apagar a minha luz. Lá fora,alguém vai acender.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Presenças e presentes

Definitivamente não há nada melhor no mundo do que dividir a vida com pessoas tão especiais. A presença dessas pessoas foram hoje, e são sempre, meus maiores e melhores presentes e os que me fazem seguir em frente cada vez mais. As presenças não são,necessariamente,fisícas. Algumas pessoas não puderam estar aqui pessoalmente,mas eu as senti comigo, eu as ouvi em cada telefonema,li em cada mensagem,e notei em cada desejo.
Meu dia foi muito bom e só agora deu tempo de parar pra pensar,já que ontem eu tava ansiosa demais pra isso.Já são 21 anos e, graças a Deus,tenho muito mais motivos pra agradecer do que qualquer outra coisa. Conquistei muita coisa e continuo alimentando a cada dia sonhos novos,certa de que esses também serão alcançados. Minha família,meus amigos,todos eles, são as pessoas mais maravilhosas do mundo e são,sem dúvida,minha vida!
As meninas da faculdade fizeram uma festa surpresa pra mim na kit da Vi, não desconfiei de nada,amei,amei,amei,muito!Passar a tarde com elas foi maravilhoso,rir,conversar,contar,ouvir,chorar,aconselhar,dar,receber,acolher e entender.
Agora a noite fiquei aqui com o pessoal da kit e mais uma vez o mico do bolo!rs
Pena que a Bia e a Ná não estavam(pessoalmente,como disse).
Adorei os presentes,brigadeiros e a chave escondida. Mas o que eu amei de verdade foi o carinho de todo mundo,o amor que dá pra perceber em cada gesto, saber que desde muito tempo e-mails são trocados por minha causa só porque essas pessoas me amam,só porque somos,umas para as outras,especiais. Coisas assim fazem toda diferença.
Claro que houve a falta de uma ou outra coisa e talvez de um carinho que esperava maior,mas no fim do dia eu tô muito mais feliz do que qualquer outra coisa e certa de que a vida vale a pena,e que é disso que ela é feita:momentos que nos fazem sentir especial e cercada por amor!

P.S.:Já é 00:50,portanto dia 3!rs. Mas pra mim só é outro dia depois que eu durmo.E entao esse,que foi tããão bom,termina só agora. Depois que eu agradecer por tudo,pela vida,pelo que eu ganho,pelas perdas e tombos,pelas conquistas,pelos amigos,pela família,por vocês,pelo amor,pela amizade,pela alegria e pela dor. É por causa de todas essas coisas que sou quem e como sou.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

e quem vai dizer tchau??

As férias estão acabando e logo volto pra Araraquara,pra UNESP,pros meus dilemas,pras meninas e volto a precisar, pelo menos duas vezes por semana,daquele ônibus maluco. Mano,as pessoas não acreditam quando eu conto, tá certo que enquanto a coisa acontece eu penso 'Nãooooo,isso não deve ser verdade. E porque SEMPRE comigo se tem mais 40 pessoas aqui?',mas o triste da história é que é verdade.
Eu devo ter cara de pessoa super compreensiva,conselheira,paciente,calma,experiente,capaz de dar conselhos úteis e simpática.
Na verdade minha cara de taioba é enganação e eu me irrito com essas histórias!hehe
Espero não encontrar mais homens bêbados me empurrando e não me deixando sair,nem maluco com pneus me mandando segurar e me mandado parar o ônibus no meio da estrada enquanto me chama de coisas que eu nem conhecia,nem pessoas me pedindo pra trazer um monte de sacos de pão,nem velhos que acham que tão na moda e passam mais de uma hora me contando como é bom ganhar na mega-sena 4 vezes e ter uma mulher 60 anos mais nova e ser roubado por ela e ter 12 carros e,pra piorar, me convidar pra um refrigerante na rodoviária, nem mulheres chorando e batendo em mim o quadro do marido que 'mora' num lugar um tanto inusitado,me dizendo que matar alguém não é nada tãããããão grave assim, nem acordar com uma mulher 'me batendo' com galhos dizendo que eles resolveriam meus problemas, nem ouvir meninos de 12 anos achando que tem 25 e que tão arrasando ao me contar sobre o 'corpus' da unesp,nem quero mais que me mandem tirar a blusa porque eu não sou 'sócia do rio de janeiro'. rs
Siiiiim, isso tudo aconteceu. Na hora é muito triste,confesso. Mas depois até que dá pra rir. Mas de qualquer forma, espero que nada de tão estranho aconteça comigo,e que ninguém me olhe achando que sou boa de papo.

E quando digo que não quero que coisas estranhas se repitam,não tô apenas falando dessas cenas loucas no ônibus.
Vou voltar,vamos voltar,coisas vão voltar,tudo vai voltar,todos vão voltar.
Tenho um pouco de preguiça e resistência em fazer certas coisas. Tô,além disso,um pouco cansada de remar contra a maré e de tentar enxergar o que ninguém vê, talvez porque não tenha o que ver.beijotchau!

terça-feira, 20 de julho de 2010

Por causa de vocês!

É engraçado ter um dia pra ser dia do amigo.Na verdade meus dias são todos especiais quando tenho algum deles por perto. É incrível como algumas pessoas simplesmente são essenciais e como conseguem um sorriso meu, até quando isso parece impossível.
Escrevi em um dos meus últimos textos que admiro pessoas capazes de cultivar amizades verdadeiras, e é isso mesmo. Admiro porque não é tão fácil assim, admiro porque são pessoas diferentes, relações, verdades, medos, características, sorrisos, e alegrias,tristezas,admiro porque tem que ter força, tem que ter vontade, tem que ter verdade, cumplicidade, tem que ter carinho, entrega,respeito,gratidão,e ombros,colo,sensibilidade,e coragem pra dizer verdades que ninguém diria, paciência, calma,pode ser que tenha distância e um abismo separando,pode ter identidade ou nenhuma.Admiro porque amar é complicado e ser amigo é nada mais que amar,incondicionalmente,sem porques,sem razões,é amar,amar e pronto.
Amo vocês,meus amigos. Exatamente do jeito que eu disse que amigos amam:incondicionalmente. Por vocês eu brigo mesmo,luto mesmo,faço o impossível pra que sejam felizes. Porque eu já sou,só por causa de vocês!

segunda-feira, 19 de julho de 2010

títulos cansam também,além das vírgulas e espaços

é,mano
19 de julho,segunda-feira,22:44,tô vendo cqc,postando aqui,lendo Virginia Woolf,lendo o que outras pessoas escrevem e pensando em tudo e em nada. De fato não devo estar fazendo nenhuma dessas coisas,pelo menos não bem.
Faltam 13 dias pro meu aniversário e esse número não é o começo de uma confissão da minha superstição exacerbada. Nem sou supersticiosa,afinal e o 13 até que me agrada.
Bem, mesmo que meu avô não viesse sempre me lembrar do tal inferno astral, acho que esse ano perceberia sozinha. Estou há 16 dias aqui e em cada um deles uma coisa aconteceu, e não,não é nada de bom.
A tradiçao da minha depressão pré-niver também foi mantida e eu sei que ela tem data pra acabar,não me achem esquisita,ou achem,vai ver eu sou,mas não devo ser a única a sentir isso.
Meu vô garantiu que o inferno astral vai embora, minha vó prometeu que ela vai melhorar, minha mãe disse que vai tentar,ninguém fez nada,de fato.
E por enquanto eu tô acreditando nessas promessas,nessas palavras. Eu tenho que ter fé,afinal,em mim,em tudo e em todos. Até que os dias passem e,espero,tudo isso também.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

não vou me adaptar

não sei se porque as roupas não cabem mais,se porque não encho mais a casa de alegria,se porque os anos se passaram enquanto eu dormia, ou se porque quem eu queria me esquecia.Será que eu falei o que ninguém ouvia ou escutei o que ninguém dizia?ou se porque não tenho mais a cara que tinha?ou porque quando me toquei achei tão estranho a barba desse tamanho?ooops,barba não né!? referências a parte,o fato é que não vou me adaptar,nao vou,não.
No fundo,no fundo, ninguém vai entender o que eu vir a escrever ou falar.Porque talvez eu não saiba escrever,nem falar,nem demonstrar,nem me fazer entender.
Na verdade nem tem muita coisa a ser dita mesmo, tá tudo preso em algum lugar muito profundo. O fato é que eu só não queria me sentir tããããããão sozinha,mesmo sabendo que uma ou duas pessoas(tá bom,mais que isso) estão comigo sempre e de qualquer maneira. Mas eu tô sentindo,ué. Não se pode discordar do que sente e eu sinto,sinto,sinto e é uma merda. Não é simplesmente sentir sozinha, porque com a solidão eu até me entendo.É me sentir impotente. E ser platéia das coisas que acontecem eu não quero,não quero mesmo.Talvez eu não me encaixe nisso tudo porque sonho e espero demais. E a esperança,infelizmente,nem sempre é a última que morre e,me valendo de mais um clichê,nem sempre dá pra rir pra não chorar...

quarta-feira, 14 de julho de 2010

'Sua cartilha tem o A de que cor?'

'Pra você guardei o amor
Que nunca soube dar
O amor que tive e vi sem me deixar,
Sentir sem conseguir provar
Sem entregar
E repartir

Pra você guardei o amor
Que sempre quis mostrar
O amor que vive em mim, vem visitar
Sorrir, vem colorir solar
Vem esquentar
E permitir

Quem acolher o que ele tem e traz
Quem entender o que ele diz
No giz do gesto, o jeito pronto
Do piscar dos cílios
Que o convite do silêncio exibe

Em cada olhar,guardei
Sem ter porque
Nem por razão
Ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de me mostrar

Achei
Vendo em você
que explicação
Nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder
No fogo o gelo vai queimar...'

Ouvir Nando Reis,com friozinho e chuva,enche o coração.
Essa é linda,e eu tô ouvindo mesmo sem receber aquela ligaçao que a faz tocar!
Tá chovendo e fazendo um friozinho gostoso, meu sono tá tão em dia que eu posso passar um mês inteiro acordada!Tô lendo um livro muito bom e já tô com saudade de todo mundo...

Meu A tá com uma cor bem feliz,todas as letras estão!

sexta-feira, 2 de julho de 2010

nas entrelinhas

Para me entender é preciso entender nas entrelinhas.
Parece que eu sempre deixo algo no ar, subentendido, eu quase nunca consigo ou posso ser direta. Se alguém pegar,ótimo. Se não, melhor ainda.
Se eu fosse um pouco mais objetiva talvez deixasse claro quem é, pra mim, o homem mais lindo do mundo;diria,talvez,o a intensidade do meu amor e a força da vontade que eu tenho de estar aho seu lado. Talvez eu deixasse claro quem são as pessoas que eu tenho horror em ter por perto; talvez falasse quem são as pessoas que me irritam e me tiram do sério; talvez eu falasse todos os palavrões que passam pela minha cabeça; talvez falasse quem são as pessoas de quem sinto ciúmes; poderia falar de quem eu sinto pena,raiva,indiferença. Poderia dizer o que eu tô sentindo agora, 03:20 da manhã de sábado,dia 3 de julho de 2010, dia da festa junina da kit, talvez eu falasse que tô sentindo mais que sono, talvez contasse a infinidade de coisas boas que estão se passando aqui.
Tô,entrentanto,muito mais para a subjetividade.
Que isso tudo seja entendido,então,nas entrelinhas

segunda-feira, 28 de junho de 2010

e para acompanhar minhas confusões...

nada melhor que Clarice Lispector;

'O amor é tão mais fatal do que eu havia pensado, o amor é tão mais inerente quanto a própria carência, e nós somos garantidos por uma necessidade que se renovará continuamente. O amor já está, está sempre. Falta apenas o golpe da graça - que se chama paixão'

segunda-feira, 21 de junho de 2010

o caos acontece

'Avassalador
chega sem avisar
toma de assalto, atropela
vela de incendiar
Arrebatador
vem de qualquer lugar
chega, nem pede licença
avança sem ponderar

Aquilo bate, ilumina
invade a retina
retém no olhar
o lance que laça na hora
aqui e agora,
futuro não há
Aquilo se pega de jeito
te dá um sacode
pra lá de além
o mundo muda, estremece
o caos acontece
não poupa ninguém...'

viver é supreendente demais. a vida,inegavelmente,dá voltas completas, assusta, surpreende,confunde.
algumas coisas, talvez a maioria de tudo que passar pela minha vida, são impossíveis de entender,alguns momentos impossíveis de esquecer, algumas certezas nunca vem, algumas pessoas nunca estão aqui, alguns sonhos não podem ser reais e a realidade nem sempre é tão bonitinha e fácil como imagino ser às vezes.
queria me definir em uma palavra. sabe como aquele tipo de gente que diz: "sou forte", "sou determinado", perfeccionista, ciumento, corajoso, louco, inteligente, sincero, confiável, verdadeiro...eu não sei me definir,não sei se sou apenas louca, apenas corajosa, apenas ciumenta. não sei se sou louca, corajosa, ciumenta e muito mais. forte?forte não. forte definitivamente não. existe muita coisa mais forte que eu, e delas não sei nem o nome...fica, então, difícil ser mais forte do que tem uma força extremamente maior que a minha e que, pra completar,não se mostra completamente.
o mundo muda, estremece e dá voltas. espero que ele dê muitas e que quando parar tudo em mim seja mais forte...

terça-feira, 15 de junho de 2010

mais um pra ficar na história

Definitivamente não há nada melhor do que estar com as meninas aqui da kit. Qualquer coisa que seja vira festa ao lado delas.Hoje, jogo do Brasil na copa, não será diferente.
Já estamos nos arrumando pra passar um dia inteiro juntas; vamos comer pizza, os doces maravilhosos que a Vi e a Karen fizeram, vamos rir, vibrar com o jogo, nos divertir muito, curtir a presença uma da outra, conversar, comer pipoca, ver idolos a noite e o principal: fortalecer cada dia mais os laços que nos unem (já que com momentos mais simples é que os relacionamentos se perpetuam!)...
Bom, quanto ao nosso bolão certeeeeeeeza que eu vou ganhar. 3 a 1 Brasil!=))
e esse é mais um dia pra ficar pra história. Talvez não na história que todos venham a conhecer, mas na história da minha vida com certeza sim!

segunda-feira, 7 de junho de 2010

mais que a mim

'Ouvi dizer que você tá bem
que já tem um outro alguém
encontrei moedas pelo chão
mas não vi ninguém pra me abraçar
me dar a mão

Eu chorei sem disfarçar
quando vi seu carro passar
vi todo o amor que em mim ainda não passou
eu já não sei bem aonde vou
mas agora eu vou

tentei falar mas você não soube ouvir
tentei voltar e pude ver o quanto errei
te amei mais que a mim, bem mais que a mim

ouvi dizer que você tá bem...'

a Vi acabou de apresentar essa música. e como é linda (ambas)é cantada por duas lindas vozes, arrepia!
é bem como a Vi disse: é simples, mas tocante demais.

tive, aliás, um dia muito parecido com essa música. simples, sem nada de diferente, mas muito bom.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

não sejam noite!

muita coisa me dá medo e não é sempre que eu assumo todos eles, não quero,afinal, passar por medrosa. parece que a noite meus medos aumentam, talvez seja porque eu me sinto mais sozinha, talvez porque eu fique com a impressão de que não tem ninguém pra quem eu possa pedir qualquer coisa que seja, talvez porque é agora que o silêncio fica tão forte, mas tão forte que me obriga a ouvir tudo que escondo o dia todo em mim, tudo que eu fico gritando pra esconder, tudo que eu finjo não sentir mais.
tenho,ultimamente,medo de olhar pro lado e ver o que tem um poder imenso de me abalar. tenho medo de ouvir músicas que têm o poder de me fazer lembrar, tenho medo de sentir por aí o cheiro capaz de me fazer cegar. tenho medo de ver,juntas,duas mãos. uma delas nunca pôde estar junto às minhas. tenho medo de ver estampado um lindo sorriso que eu nunca fui capaz de inspirar. tenho medo de cada impulso meu e de cada vez que eu finjo e falo que não tem problema, tudo bem, tudo esquecido, tenho medo disso porque sei, mais do que qualquer pessoa, que sempre agi com a maior verdade que poderia existir e, exatamente por isso, é tão difícil passar por cima de tudo como se nada tivesse acontecido.
eu tenho medo de lembrar de mim e lembrar de tudo que fiz, tenho medo de lembrar de tudo que eu sempre quis. e quis demais, quis tanto que até dói, quis como não achav possível querer. tenho medo de deixar minha cabeça desocupada por muito tempo e me deixar levar por qualquer lembrança que seja. eu tenho medo dos dias 14 que me fazem lembrar de um em particular e tenho medo de não conseguir esquecer mais deles. tenho medo de não conseguir parar de fingir e ficar bem mesmo, pra valer. tenho medo dos dias que eu queria falar e nunca tinha tempo e do tempo que agora sobra, do carinho que eu nunca tive e agora tem muito, das palavras que eu nunca ouvia e agora são sempre ditas, teno medo da dedicação que nunca existiu,da troca que nunca houve. tenho medo de como era e como é agora e tenho medo do que isso faz,silenciosamente,comigo.só não quero que meus dias sejam todos noite...

terça-feira, 18 de maio de 2010

O que é verdadeiro sempre vale a pena!

Se esse blog tem a única intenção de me fazer expressar por meio de palavras o que é sentimento, nada mais justo que o post de hoje.
Já perdi a conta das vezes que, movida pela paixão cega, vim aqui falar de amor, do "bem" do amor, dos problemas que ele me trazia, das alegrias que eu criava achando que vinha dele. Enfim, dediquei muito tempo ( e outras cositas mais) para coisas sem nenhum valor e quero hoje fazer o contrário: falar sobre algo que vale a pena demais, sobre algo que tem todo valor do mundo, quero falar (ainda) de amor.
Desde o ano passado entendo melhor o que é companheirismo, amizade, cumplicidade, respeito. Entendo como é ter uma irmã que não tenha nenhuma ligação sanguínea comigo, quem escolheu foi meu coração e quem me mostra que esse é seu papel é o amor.
Vi, é lógico que você sabe que eu tô falando docê(e é lógico que todo mundo sabe).
É você quem me faz entender as coisas que acontecem comigo, é você que me mostra o que eu tenho de bom quando não consigo enxergar. É você que me apoia e dá a maior força do mundo independente de qualquer coisa, é você que me mantém de pé muitas vezes, é você que está SEMPRE ao meu lado, que sempre está comigo, para mim e por mim.
É você que me diz todas as verdades sem medo nenhum por que sabe, afinal, que a maior verdade é nossa amizade. É você que me faz companhia, que assiste novela comigo, que me entende com o olhar, é você que não precisa dizer, que respeita quando eu não digo. É para você que vou chorar e contar meus problemas e é para você e com você que eu vou rir contando minhas besteiras. É você que é sempre sincera comigo, você que me enche de felicidade com sua amizade.
É você que enche minha casa (kizi rs) de alegria, e se mudar qualquer coisa é você quem permanece.
Me conforta saber que tenho você...uma melhor amiga, irmã, companheira e cúmplice. Sei demais o valor de tudo que a gente vive e sei que quero você sempre na minha vida. Quero acompanhar suas conquistas e a realização de todos esses sonhos que hoje, juntas, a gente alimenta. Eu amo você muito e mensagens como essa:"não sei se eu saberia chegar até o final do dia sem você!", fazem toda a diferença e todo sentido no que diz respeito a você. Voc~e já sabe né!? Mas eu não saberia de maneira nenhuma chegar!!!!

entender?

"Não entendo.
Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado.
Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender.
É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo"
Clarice Lispector

A palavra certa é...

dignidade.
Esse foi o impulso de alguém que me sugeriu seguir esse modelo. Destino irônico. Não por conta da sugestão, mas sim por causa do alguém. É fato que isso me ajudou muito.Ver que alguém, que assim como eu, precisava sair de um lugar ruim, precisava dizer não, precisava ser de novo feliz, conseguiu fazer tudo isso me dá ânimo e força para também mudar, para também fazer e para também conseguir.
Hoje eu preciso de muita coisa: preciso mudar, preciso não sentir essa raiva que só faz mal a mim, preciso não ter mais esse olhar triste e voltar a ter o sorriso verdadeiramente alegre que sempre tive. Preciso começar a entender que a vida vai além disso, além de qualquer decepção e preciso entender que o que parece ruim, no fim das contas vai ser bom. Preciso e , sobretudo, quero me dar o devido valor, olhar para mim com olhos mais entusiasmados, ser feliz, me dizer mais sim do que não. Preciso me colocar em primeiro lugar e ser como eu era há algum tempo atrás, antes de tempestades quase que diárias me tirarem a paz.
Sei bem da minha responsabilidade sobre tudo, isso,porém, não diminui a responsabilidade de outras pessoas. Vendo agora as coisas como são é que eu noto com mais clareza o descaso que me foi dedicado,paciência. E para quem acha que eu aceitei erros demais, que fui taioba demais, que fui longe demais eu digo: Me questionei muito e muitas vezes sobre isso tudo, joguei na minha própria cara por muito tempo todas as verdades que eu fingia não perceber, eu sempre soube. Alguma coisa que nem eu sei explicar me fez chegar até aqui, me fez ir longe...
Já entendi que é verdade, já entendi a verdade e hoje não reconheço mais nada do que julgava tanto saber.
Não é fácil agora e provavelmente vai demorar a ser, mas não é com isso que me preocupo.
Não sei se posso me dizer surpresa, agora, pelo menos, espero por tudo. Posso dizer, sim, que eu precisava de mudanças, precisava acalmar as tempestades.
Tô me sentindo bem, tô me sentindo forte, tô me sentindo em paz...E isso é o que importa!

sábado, 8 de maio de 2010

Experimentou?

"Algum dia experimentaste, por acaso, o ciúme, o desespero, a loucura, a que nos conduz o objeto amado?" (AZEVEDO, A. Casa de pensão)

acho que eu preciso me acostumar com essa condição: eu sou ciumenta.
não a ponto de ser sempre louca, mas a ponto de ser às vezes...
minha imaginação não colabora comigo e o clichê 'o que os olhos nao veem o coração não sente' tá longe de fazer sentido pra mim. meus olhos podem não estar vendo, mas a minha imaginação não para um minuto.
coisas que o ciúme cria, que a possessividade alimenta e que a insegurança ajuda a crescer.
eu experimento. não é bom e ponto














quinta-feira, 6 de maio de 2010

além

mas será que eu quero me desligar?

me questionaram sobre isso e sobretudo, eu me questiono a esse respeito inúmeras vezes, me questiono a cada minuto, me questiono a cada olhar e a cada coisa dita.
não encontro explicação em nada, só sei que isso tem sido além de que tudo que eu já vivi...é além!

domingo, 2 de maio de 2010

nos permitir!

'eu vejo a vida melhor no futuro
eu vejo isso por cima de um muro
de hipocrisia que insiste em nos rodear..

eu vejo a vida mais clara e farta
repleta de toda satisfação
que se tem direito
do firmamento ao chão

eu quero crer no amor numa boa
que isso valha pra qualquer pessoa
que realizar
a força que tem uma paixão

eu vejo um novo começo de era
de gente fina, elegante e sincera
com habilidade
pra dizer mais sim do que não

hoje o tempo voa, amor
escorre pelas mãos
mesmo sem se sentir
não há tempo que volte, amor
vamos viver tudo que há pra viver
vamos nos permitir

eu quero crer no amor numa boaaa!'

eu adoro essa música, me identifico com a letra
acredito que temos que nos permitir mesmo, viver o que tiver pra viver
não tem tempo sobrando pra viver em vão, nem pra viver de arrependimentos....

e eu vou continuar dizendo mais sim do que não!

domingo, 25 de abril de 2010

incoerente

a gente desperdiça o tempo pensando que a vida é pra sempre. que sempre tem tempo pra refazer, reviver, melhorar, viver, amar, rir, ser feliz, chorar. a gente pensa que tem vida sobrando e não tem. a vida vai acabar, o tempo vai acabar,os dias vão, as chances...vai tudo acabar.
me desespera pensar que eu perco tempo, que me fazem perder... as coisas poderiam ser mais faceis e nao são, os dias poderiam ser melhores e não são, o amor poderia ser maior e não é, o respeito, carinho poderia existir e nao existe, deveria haver troca e não há.
não consigo entender, apesar de acreditar, certas coisas.
eu não acho que vale a pena passar a vida pensando em alianças, maniaa de achar que o mundo gira em torno do proprio umbigo, mania, velha mania... mania de não acreditar, mania de pensar que querem destruir.
seria fácil se eu pudesse ouvir, sentir e ver e fingir nao ter ouvido, sentido ou visto. mas, infelizmente, o que eu ouço, vejo e sinto não me deixa em paz, nao vai embora e me faz fazer o que eu mais odeio:desperdiço minha vida deixando de ser feliz, deixando de estar bem...
o texto tá incoerente, ruim. eu estou incoerente e preciso começar a pensar em como juntar todos esses pedacinhos d mim perdidos por aí.
não sei como fazer, não sei se vai adiantar e não sei como vai ser depois, mas de tentar eu nao posso deixar....

domingo, 18 de abril de 2010

'a noite é linda...'

"O que você quer?
O que você sabe?
Não é fácil pra mim
Meu fogo também me arde
Às vezes, me vejo tão triste

Onde você vai?
Não é tão simples assim
Porque às vezes
Meu coração não responde
Só se esconde e dói

Por favor não vá ainda
Espera anoitecer
A noite é linda
Me espera adormecer
Não vá ainda

Me diga como você pode
Viver indo embora
Sem se despedaçar
Por favor me diga agora
Ou será que você nem quer perceber?
Talvez você seja feliz sem saber...

Por favor não vá ainda
Espera anoitecer
A noite é linda
Me espera adormecer..."

=)

domingo, 11 de abril de 2010

'..e quando estiver bem cansado

ainda exista amor pra recomeçar!'

porque disso, e muitas coisas mais, só o amor é capaz!!
=)

O último pôr-do-sol!

Todo dia acontece alguma coisa que me faz ter vontade de escrever aqui, mas acaba não dando tempo e sempre quando dá as coisas todas já passaram. e sem sentir não sei escrever...
Entao, essa semana foi A dos aniversários...Abner, Mocinho e hoje o Bruno! São tão especiais os três, cada um de um jeito, por um motivo, desde um momento...mas todos são fundamentais pra que eu possa ser feliz e só o que eu quero é que eles sempre estejam bem, felizes e perto! Amo muito vocês, mesmo!

Daqui a pouco volto pra Araraquara e ainda tenho um monte de coisas pra fazer aqui. Pessoa enrolada, sabe!?=p

e ahh, o título...
adoro essa música do lenine, adoro lenine, adoro o que ele me faz lembrar.
essas músicas, com esse cheiro e o friozinho que está não me dão outra saída...
eu vou mesmo lembrar!

sábado, 3 de abril de 2010

apostando no oposto

e de repente eu não lembro mais como começaram as coisas a ser perder, quando comecei eu a me perder. porque perder requer tempo também, acho, tanto quanto ganhar. ou não.
incertezas são inerentes a mim e mesmo me achando,às vezes, "perdida" e "perdedora", me acho também equilibrada e decidida...
não deve ser fácil lidar comigo, já que não é fácil ser eu, já que não é fácil me compreender. (não é fácil pra mim, principalmente, exclusivamente talvez)
pq agora a pouco eu tava romântica, apaixonada e infeliz(apaixonada e infeliz são, para mim, quase a mesma coisa...azar, queridos) e agora já não mais; tô beeem nem aí pro mundo, beeem nem aí pra eu que penso que sinto, beeeeem nem aí pra nada. não me importa mais, não faz diferença, parece que eu nem quis mesmo. mas só que daqui a pouco a camila romântica volta, me manda embora, e eu quero de novo, eu sinto de novo..sinto ainda!
porque eu sou preguiçosa e ativa, uma palhaça e o próprio mau humor, feeliz demais e triste, porque eu quero muito, depois não; sinto muito, depois não; tenho paciência demais, depois nenhuma. Porque eu tenho em mim opostos, que se atraem o tempo todo. E esses opostos sou eu. Eles se atraem e cada momento o mais forte prevalece. Ninguém, nem eu, vai compreender minha oposição, minha distração, confusão...

domingo, 28 de março de 2010

Posso começar de novo!:)

Parece que todas as coisas devem ter começo, meio e fim. Viver é assim, a vida é assim.
O começo, para mim, é o melhor da história. Nada mais gostoso do que o frio na barriga, a ansiedade, as expectativas. De um novo amor, um novo trabalho, uma nova amizade, de uma nova fase, de qualquer coisa que seja novidade.
O meio encanta, transforma e, principalmente, conquista. O que parecia, no começo, passageiro agora faz parte, faz diferença, agora é constante; é permanente.
Permanece até o momento em que chega a pior parte da história: o fim. É, para mim, e deve ser para muitos o mais difícil, a parte mais complicada da história e que faz muita coisa deixar de ter sentido.
Passei pelo começo que foi, mesmo, cheio de expectativas e bons momentos. Durante esse tempo todo, o meio, fiquei mesmo encantada,me transformei e deixei conquistar. Só não conquistei. O meu meio, nesse meu caso, nessa minha história foi um tanto confuso demais, doído demais, superficial demais, com mentiras demais e com menos verdade do que eu precisava. Praticamente desde o começo eu sabia do fim, sabia que era tão certo quanto a morte de alguém que vive: ia ter fim. Só não sabia, e isso é impossível saber, como seria, quando seria.
Não lamento nada, nem me arrependo ou reclamo. Isso não é típico do meu comportamento.
Um hora ou outra nos deparamos com o fim e é assim mesmo, ruim, traz com ele um vazio enorme, tristeza, dor, saudade,insegurança, medo. E quando, só no fim, você percebe coisas que acontecem desde o começo a coisa se complica ainda mais...
Mas uma coisa não dá pra negar, esse fim, como qualquer outro, me deixa livre para um novo começo. Que pode ser melhor ou não, mas que, com certeza, diferente vai ser.
E eu posso começar de novo, sempre. E quantas vezes for preciso....


quarta-feira, 3 de março de 2010

De voltaaaaaaaaaa!!

As aulas começaram, estamos de volta, tô quase acostumada a acordar cedo de novo, tô feliz por estar aqui e mais ainda por estar de novo perto das meninas e de todos.
E o mais estranho é que, apesar da enorme saudade que eu tava, pareceu que eu tinha passado só um fim de semana em casa...doideiraa!=))
Tô animada com as aulas, com as coisas que podem vir a acontecer e com as pessoas que eu posso conhecer, tô muito animada por estar de novo divindindo meus dias com a Vi e as meninas e principalmente animada por estar conseguindo me afastar do que, definitivamente, não faz bem e é incapaz de fazer.
Enfim, tô de volta e isso é muito bom!!!!!!!

Cá..

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Bom começar de novo..

O mesmo cansaço que as aulas e a rotina me causaram no fim do ano está comigo agora. Causado pelas férias e essa monotonia toda, dessa vez. Não que seja ruim estar aqui, é bom e mais fácil. Não preciso pensar em muita coisa, nem acordar cedo, não faço nem metade das coisas que preciso fazer em Araraquara. Mas acho que é disso que tô sentindo falta, fazer coisas mais produtivas, dormir menos, cansar mais. Sem contar na saudade que eu tô das meninas e de todo mundo lá, muita saudade!
Mas, falta beeeeeeem pouco pra eu estar lá de novo, me cansando, dormindo menos e curtindo a presença das pessoas que me fizeram tanta falta durante esse tempo. E vai ser muito bom começar tudo outra vez.
Segunda as aulas começam e sábado de manhã vou pra lá com a mamãe.
Tô feliz por estar voltando e acho que esse ano vai ser muito bom.
Espero que as coisas boas do ano passado permaneçam,que mais coisas boas aconteçam e que eu consiga excluir da minha vida o que não faz bem.
Mais alguns dias e tudo fica diferente, sorteeee!!

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Nem sempre é o que parece...

Na maioria das vezes ninguém quer perder. Eu geralmente não quero perder, você geralmente não quer. Ninguém quer perder.
Mas, indiscutivelmente, há momentos em que se ganha muito mais perdendo e isso não é tão confuso quanto parece. Pensando bem e analisando friamente é até fácil.
O que acontece é muito simples: por mais que você queira e acredite, algumas coisas e pessoas simplesmente não valem a pena. Não valem nenhum esforço, não valem a vontade, não valem o valor e muito menos seu desejo de ganhar.Nessa hora perder é bom,é ótimo,aliás. Nesses casos vale a pena desistir, abrir mão. Assim se ganha mais,bem mais.
Não que seja fácil enxergar de cara o bem da perda, mas é tão fácil ver o mal que 'ganhar' em certos momentos causa. E pra que ter algo ou alguém que ao invés de bem faz mal? Pra que sustentar mentiras?
Sozinho ninguém faz nada,desejos de uma só pessoa não são fortes o suficiente e vitórias tortas, baseadas em ilusões e mentiras não são vitórias. São mais mentiras, criadas por mentiras, que vão criar mentiras.
Portanto, nem sempre é melhor querer e lutar para ganhar. Muitas vezes a vitória e a felicidade estão na perda, na falta e no ar puro que a distancia da mentira traz.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

'mas assim o tempo para,cada segundo é um dia'

besteira é pensar que dá pra viver sem alguém que é fundamental.não dá

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Não é o acaso..

Muita gente me fala e muitas vezes eu ouço que nada que acontece é por acaso, tudo tem um propósito, um motivo de ser.
Não penso muito nisso, não procuro entender o porquê das coisas e muitas vezes passo despercebida por certos acontecimentos e pessoas. Mas há alguns dias, sem saber por qual motivo, tenho pensado nisso.
E apesar de não ter certeza sobre quase nada nessa vida eu acho que não é simplesmente acaso o que acontece comigo. Deve ter alguma coisa maior e mais forte que eu e minhas escolhas. Mesmo.
Reparando bem, tudo que acontece na minha vida e todas as pessoas que passam por ela me fazem bem e se encaixam em mim, ocupam os espaços vazios e me completam de alguma forma.
Não sei se o acaso seria tão eficiente, não sei o que pode ser. Mas é bom,muito bom.



quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Só sentindo!

Recebi um e-mail há alguns dias e, na verdade, não me interessei muito por ele. Era um texto grande e parecia mais uma daquelas correntes do tipo:'mande para 600 pessoas em 2 segundos, caso contrário morra!haha'. Enfim, li apenas a última parte, que era a seguinte definição:

'Lembrança nostálgica e, ao mesmo tempo, suave, de pessoas ou coisas distantes ou extintas, acompanhada do desejo de tornar a vê-las ou possuí-las'

SAUDADE!

Posso ler essa definição até me cansar, ler todas as definições existentes, posso inventar a minha própria e querer saber a opinião de todo mundo. Não vai adiantar. Saudade eu só sei sentir. Não sei definir, explicar, não sei falar sobre, não posso dizer como é, por que vem, vai.
Só sei que eu sinto muita e que essa falta que as pessoas me fazem preenche minha vida. E uma vida preenchida com falta é um negócio estranho.
É bom estar aqui, mas estar lá me faz falta.
Tô com saudade de muita gente, de muita coisa. Saudade de mim quando não tô aqui.
Amor e distancia juntos só pode dar saudade...
e eu não vou fazer mais uma definição pra isso, é só sentindo...


quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Preciosidade

O último texto da Vi diz muito do que eu quero falar agora. Estou em casa depois de passar 5 dias ao lado dela e de sua família. E foi maravilhoso, foi uma delícia, matei a saudade que eu estava sentindo, conheci o rio de Pira, conheci pessoas de quem ela sempre fala, estive na companhia dos pais, do Fê, da Camila que já conhecia mas nunca tinha tanto tempo pra conversar, conheci a chácara, brinquei com a Pilly, fiquei até de madrugada conversando e rindo com a Vi, como sempre.
Não tinha como ter passado dias melhores...
Fui sábado pra lá e demorou um pouco mais do que eu imaginava: 4 horas! mas eu nem vi o tempo passar e valeu muito a pena. Domingo, niver da Vi, a Karen foi pra lá com o André e nossa alegria ficou ainda maior. Estava com muita saudade dela também e foi ótimo vê-la. Como a Vi já disse, a Bia e a Ná fizeram falta mas sei que elas estavam lá de alguma maneira. Adorei a festa, a família, os amigos e me senti em casa enquanto estava lá.
Fomos na segunda pra chácara do tio da Vi que, aliás, é linda. Voltamos ontem pra Pira e a tarde, viemos pra Cravinhos. O pai da Vi, ela e o Fê conheceram minha família, um pouco da cidade e eu adorei. Todos aqui gostaram muito deles e agora tô esperando a Vi pra passar uns dias aqui comigo.

Antes parecia que eram duas vidas, e era uma impressão até ruim. Mas agora parece que não tem mais separação e acho que começa a acontecer o que a gente queria.
Os dias foram, realmente, maravilhosos. Claro que seriam assim, quando estamos perto de pessoas especiais não tem como não ter alegria.
Agora tem mais férias e mais saudade, certeza!

Preciso começar o projeto de latim que, me parece, vai ser complicado. Claro que por minha culpa pois só agora resolvi me mexer pra isso. Paciência.
Não vou fazer mais latim e muito menos espanhol. Escolhi italiano e espero que seja bom.
Preciosidade: é isso que a Vi é, nossa amizade é. É isso que meus amigos são, minha família é. É assim que eu devo tratá-los, como a coisa mais rara e especial que pode existir...


sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Alguma coisa boa acontece...

Mais uma semana acabando,ufaaa!
Eu quero mais é que o tempo voe...=)
Não fiz muita coisa nos últimos dias, em grande parte por conta da virose que não ia embora e também da falta de vontade que tem tomado conta de mim. Espero logo ficar bem, totalmente bem!
Fui jantar hoje na Recra, em Ribeirão com a minha família. Difícil vê-los reunidos e isso é sempre muito bom. Tava tudo ótimo e meu avô contou várias das suas piadinhas!haha
Domingo é niver da Vi e ela está lá em Pira, longeeeeeee de mim! Mas não tem problema, amanhã de manhã vou pra lá. Conhecer a cidade que ela e a Má tanto falam, passar o niver com ela e o mais importante de tudo: matar essa saudade louca que tô sentindoooooooooo!Não iria aguentar muito tempo mesmo, mas agora que eu sei que vou vê-la amanhã tô com mais saudade ainda e morrendo de ansiedade pra chegar logo!
Tenho certeza que esses dias vão me fazer muito bem, já que a companhia é uma das melhores que poderia ter!=)
Viiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii, tá me ouvindo???????
Uouuuuuuuu,tô chegandoooooooooo!=p

E quando eu penso que tá dando tudo errado, alguma boa coisa acontece...

sábado, 9 de janeiro de 2010

...

'Um calor do cão
um frio de rachar
tudo aqui parece estar fora do lugar
uma sensação difícil de explicar
tudo aqui parece estar fora do lugar
o dia, a noite
terra, fogo, água e ar

A bandeira tricolor na sacada em frente ao mar
a caça e o caçador sairam pra jantar
na fila do cinema, o sistema fora do ar
tudo aqui parece estar fora do lugar
o sul, o norte
terra, fogo, água e ar
sem você tudo fica fora do lugar

Sem você tudo fica fora do lugar
fora de foco, difícil de enxergar
sem você tudo fica fora do lugar
fora de si, foda de se aguentar'

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Vale mesmo!

A vida é mesmo um mistério, uma interrogação, várias perguntas. Nenhuma resposta, pelo menos nenhuma que faça sentido, ou sentido completo, ou meio sentido. Sentido?
Qual o sentido de cada coisa que acontece comigo? Tem um propósito nessa coisa toda? Ou será que é só balela quando me dizem: 'Ah não, é assim mesmo', 'Uma hora da certo,Cá', 'Você só sofre pra crescer, só pra crescer...' Crescer? e quem disse que preciso de dor pra aprender alguma coisa? Pq eu não posso aprender sendo feliz? Pq não pode dar certo agora e eu tenho que esperar sei lá quanto tempo pra,enfim,dizer que cresci e que agora sim mereço ser feliz. Eu sei que não pode ser fácil, que ninguém vai ceder, ninguém quer facilitar pra ninguém, ninguém tá nem aí com ninguém.
E no meio de uma dúvida ou outra um sentimento não me deixa um minuto sequer, me atormenta, me lembra que tem coisa faltando aqui...Entre socos que a vida dá, entre dúvidas e no meio de muitas perguntas ela, a saudade, me faz companhia diária e não me deixa esquecer de que não adianta ter tudo que precisa se não se tem todos que ama.
E eu sei que durante todos os dias da minha vida não estarei sozinha, vou sempre sentir saudade de alguém, e sempre ter boas lembranças que vão me fazer chorar, como agora, mas vão principalmente me fazer viver, esperando por novos momentos, pra sentir outras saudades...
Quando eu sentir um amor tão forte e tão incondicional perto de mim, certamente vou lembrar da minha família.
Se ver alguém rindo de tudo, falando alto e filosofando por aí não vou deixar de pensar no Abner.
Alguém antenado em tecnologia, que adora árvores, o céu e a natureza? Minha saudade dessa vez será do Bruno.
Basta ouvir Engenheiros do Hawai, pensar na pureza em alguém, basta pensar em um certo menino que já teve cabelo grande cantando alto na rua pra me envergonhar que vou sentir saudade demais do Boi.
Ver bananas é lembrar da Tati, ver japas é lembrar da Flávia. Ouvir do Che, paz e amor e arte é lembrar da Rafa. Lápis de cor lembra Camila, mãos tremendo, Marisa.
Hoje se eu falar taioba logo lembro das meninas da kit, da Má Pizano, da Rô, da Bárbara taiobinha, da Naty, Carol, Marcela, das meninas do latim...que aderiram ao meu dialeto taiobes!hehe
Sentir cheirinho de polo me lembra o mocinho e a saudade que me dá de quando aquela carta ainda tinha cheiro.
Apê em forma de U? Biaaaaaaaaa
Cheirinho de comida de mãe, cheirinho de perfume gostoso, olhos lindos...Karen!
Se eu pensar em alguém que mudou coisas em mim, em coisas que eu gosto de ler, se eu pensar em alguém que eu gostaria de ligar agora ou daqui a pouco, em alguém que faz sentir menos sozinha, em alguém que me faz bem, em uma pessoa que admiro estarei falando do Fred!
Casa acolhedora, pessoa independente, colchão gostoso, discrição e amizade: Ná!
Se eu pensar em uma irmã, se pensar em companheirismo,amizade,risada,alegria,força,coragem,semelhança, orgulho e eternidade tô falando da Vi.
E quando eu pensar em cada um de vocês, é de mim que vou lembrar. Vocês são minhas partes, minhas razões de tudo e as respostas de qualquer pergunta. Por vocês faço o que for, quando e onde for. Sem vocês, não sou!
E por mais que a saudade fique aqui me incomodando, ela é apenas mais um sinal da certeza que eu já tenho: cada coisa ao lado de pessoas especiais vale a pena!

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Nunca deixee...

Depois do Natal, Ano Novo, niver da Julia e todo o resto me sinto, enfim, de férias.
Fui ao cinema ontem com a Marisa e a Julia. Foi bom sair um pouco com a minha prima, é pouco perto do que ela precisa e eu deveria fazer, mas não sei direito como agir diante de certas situações e acabo fazendo o mais fácil e óbvio: fecho os olhos e finjo não ver o que está bem na frente do meu nariz o que, aliás, muita gente aqui tem feito. Espero conseguir fazer mais e melhor e que seja, principalmente, suficiente pra mudar o que precisa.
Os dias aqui estão, de certa forma, tranquilos. Comecei o ano com uma virose e tô melhorando ainda. Fui hoje na casa do Bruno, com a Tati , o Avner, a Pamela e o Boi. Ficamos lá a tarde toda e isso sempre é mto bom, é disso que eu sinto falta quando não os tenho por perto.
Por falar em falta, tô sentindo muita. Das pessoas que agora são as que não podem estar perto e que deixam um vazio enorrrrrrrrrme nos meus dias, no meu coração e na minha vida. Saudade, fazer o que?! Não dá outra quando amor e distância estão no mesmo lugar...
O filme que assistimos ontem 'Sempre ao seu lado' é, aliás, bom exemplo disso. Não seria esse mas no fim das contas optamos por ele e eu não me arrependi. Um monte de gente saiu de lá chorando e é realmente uma história bem bonita.
Que a gente não deixe nunca de demonstrar o amor que sente, que a gente nunca deixe...

sábado, 2 de janeiro de 2010

Peixe fora d'água..

Não consigo lembrar muito bem o motivo, nem como ou quem começou,
mas lembrei muitas vezes esses dias de uma conversa minha com a Karen e a Vi.
Não sei bem quem disse, mas de qualquer forma nós três concordamos: a gente percebe que está no ponto máximo da tristeza quando chora tomando banho, demorando horas e horas fazendo isso e esperando que a água ou sei lá o quê leve junto as coisas ruins pelas quais se está chorando.
Na ocasião, tentei lembrar da última vez e o que tinha me levado ao auge,
mas há tanto tempo isso não acontecia que a lembrança passou em branco.
Há alguns dias um estranho vazio tem me feito companhia e eu recordei, da pior maneira possível, como é ruim precisar de um banho, ainda mais quando não se consegue enxergar muitas mudanças pela frente. Eu sei que esse meu momento reflete em muitas coisas e pessoas,
sei que eu dificulto muito e tranformo pequenas coisas em enormes problemas e, dessa maneira, só aumento minha tristeza afastando de mim as pessoas que mais amo no mundo.
Sei também que isso vai passar e que, amanhã ou depois,como no dia daquela conversa nem me lembrarei mais desse momento e que outros assim virão depois , e depois...é natural, não tem como evitar, não posso fugir ou me esconder deles, da vida.
Só que hoje, exatamente agora, eu me sinto um peixe fora d'água. Não queria estar aqui agora, não sei onde gostaria de estar, na verdade...
Eu queria ter um pouco de paz pra seguir meu caminho e encontrar meu lugar no mundo, pra me encontrar, pra ser feliz. Queria desacelerar esse tempo, deixar de ser tão ansiosa, deixar de pensar tanto no amanhã, não quero mais me sentir um peixe fora. Quero me sentir dentro, de toda água do mundo. Quer dizer, menos da água do banho triste...