domingo, 14 de novembro de 2010

E só

'Já conheci muita gente
Gostei de alguns garotos
Mas depois de você
Os outros são os outros
Ninguém pode acreditar
Na gente separado
Eu tenho mil amigos mas você foi
O meu melhor namorado
Procuro evitar comparações
Entre flores e declarações
Eu tento te esquecer
A minha vida continua
Mas é certo que eu seria sempre sua
Quem pode me entender
Depois de você, os outros são os outros e só'

É certo que nem todos podem me entender. Mas ainda mais certo é que eu entendi o motivo de ter sido essa música, eu entendi o porquê de ter sido pra mim e, bem melhor que entender, eu percebo o quanto vocês, 'meu círculo próximo', entendem de mim e das coisas que me deixam feliz ou não.
Se depois desse 'você' os outros são só outros, depois de vocês nem dá pra pensar em outras. É só com muito respeito, dedicação, com muita vontade, muito carinho, muito amor, muito companheirismo, muita preocupação, muito cuidado, muitos sorrisos, é só assim que se pode encontrar o que já temos: muita amizade. E só o nosso 'círculo' é tão especial e tão diverso, e o melhor de tudo é essa diferença toda que, ao invés de afastar, aproxima.
E sabe o que eu quero? Passar muito tempo comendo macarrão com muuuito queijo e pavê ao lado de vocês, quero ouvir as risadas e os conselhos e broncas, ficar ouvindo o violão e as vozes, ficar olhando os sorrisos e pensando no quão importante é sentar no chão e ver vocês, quero aprender marcha soldado e as músicas que os sertanejos estragaram. E SÓ!

Camila

sábado, 6 de novembro de 2010

Não é?!

Pra cada não que a gente diz, há um sim perdido por aí. O retrato do que poderia ter sido e não foi.
Desde que me entendo por gente sou adepta da permissão, sempre era do grupo dos que permitiam. Tudo e todos. Eu me permitia, eu me dava o direito de. Eu me dou todos os direitos, mesmo que eles sejam completamente errados. Mas falar sobre o erro também já me faz partir pra outra pergunta: errado é o que mesmo?
E como a gente se engana com essa possibilidade, como a gente se engana com tudo. Tudo que parece pode não ser. E o risco do erro é grande, a gente engana, a gente se engana.
Tudo pode ser. Ou não. Eu posso ser quem pareço, ou não. Posso afirmar ou negar isso tudo, mas é tão bom saber que se pode ou não. É tão bom saber o que se é, e não saber. É bom ser e não ser e parecer e deixar todo mundo pensar sobre mim. Alguns, inevitavelmente, sempre sabem a verdade, mas é só porque eles já se transformaram num pouco do sim e do não, dos contrários que eu sou.
Pra cada não, um sim. Sempre dois caminhos, sempre duas possibilidades, vai ou não vai. É ou não é. Eu gosto tão mais de dizer sim, porque um não no caminho muda tudo. Então eu me permito, ir ali e além. Ser e tentar, não ser e me enganar, permito deixar de ser e viver tentando entender, me entender.
Pode ser por você, por mim, por amor ou falta de. Pode não ser. Mas, hoje, é sim!

Camila