sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Mais que 'obrigado'.

Eu, realmente, não gosto dessa história de fim/começo de ano. Não por ser chata ou careta ou por querer dormir cedo e curtir a minha solidão. Não gosto porque tudo isso acontece sem a minha vontade e eu não consigo fazer com que seja diferente.
É meia noite e quarenta e quatro minutos, já sábado, já dia primeiro, já dois mil e onze. E eu? tô sozinha, com vontade de chorar e me segurando pra não fazer isso porque depois vai ser difícil parar.
Mas tudo bem, só tem isso uma vez ao ano, então eu aguento.

E que o novo ano seja, então, bom como o que passou.

P.S: A ligação da Vi, praticamente, praticamente não, certamente, salvou minha noite!=)

Camila

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

A grande arte

Se eu firo duramente aqueles que me ferem? Pouco provável! Amo, então, aqueles que me amam? Em sua grande maioria. E amo, além disso, os que não me amam, mas ferem e não são feridos.

Não importa, na verdade, qual seja a minha grande arte. Já os meus dilemas e tristezas eu sei bem quais são.
O que eu preciso é de prazer, de todas as formas que eu puder encontrá-lo, o que tá faltando é sentir prazer, literalmente até, e não insatisfação.
Se a satisfação tirou férias de mim eu não sei, mas, mesmo que eu queira, algumas das coisas que me deixavam bem, não fazem mais diferença.
E se eu tô com preguiça de fazer qualquer coisa, é porque já tô cansada dos mesmos rituais que sempre me levam aos mesmos lugares. Eu entro amando e saio ferida, sem ou com prazer, sempre o mesmo fim.
O que cansa, talvez mais que tudo, é perceber que tem muita gente que nem liga pra você nem pra nada, e, por mais que você se importa, quase ninguém faz isso.
Quantas noites já passei assim? Chorando até tudo doer, por ciúmes, por raiva, por amor, por solidão. E o que sempre acontece? O dia seguinte chega e eu tenho que seguir. Sem muitas surpresas, a vida continua.
E sempre há um modo de sentir prazer, pra gente continuar achando que é feliz. Que seja como cada um gosta: com chocolate, livros, tv, amor, beijos, sexo ou ilusão.
Talvez uma noite inteira com tudo isso me faça, além de me sentir menos só, continuar o outro dia melhor.

Camila

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Que amor é esse?

Eu ouço músicas que falam de amor, esse é o tema preferido das novelas. Nos livros, nos filmes, no passado, no presente, os jovens, os nem tanto, homens e mulheres de todo lugar, sempre falam de amor, o amor, o amor.
Mas que amor é esse? Algumas páginas do livro até são reservadas pro sofrimento, mas depois disso é tanta alegria. É só alegria. E eu acho que eu não sei amar, é essa a questão.
Já amei de menos e agora devo amar demais. E esse demais não tem nada dessa felicidade pintada, porque eu também espero demais, quero demais, quero mais e sempre, sempre, sempre mais. E o amor, o tão lindo amor, que eu não sei medir, me faz ficar frustrada e triste, tentando saber qual o meu problema, sendo que o problema não sou eu, é o amor. O amor que me faz querer toda a atenção, todo carinho e tudo que puder ter. E o que não puder também.
Não é que eu não acredite nele, só não sei amar direito e é tão melhor saber.
E se ninguém sabe, fica todo mundo esperando mais do outro, o problema é que nunca espero de quem espera de mim. E esse já é outro problema: reciprocidade.
Toda sutileza que eu sabia deu lugar a algo avassalador. E tem que sair de perto, porque esse negócio de amor não é simples assim, não. De vez em quando parece ódio, de vez em quando parece muito, depois parece pouco, depois não parece com nada e volta a ser amor. Não o que inventam, o de verdade. O que eu, sinceramente, passo noites e noites tentando entender ou ajustar, o sem medida, sem regras e sem jeito de ser um pouco mais calmo, mas, apesar de tudo, feito pra mim.

Camila

sábado, 18 de dezembro de 2010

Vermelho

Mais uma vez o final. E mais uma vez é hora de pensar um pouco mais. Ou não.
O bom disso tudo é essa expectativa que a gente cria, essa fé que a gente deposita na nova chance e os agradecimentos que a gente faz, quando na verdade deveria fazer todo dia.
Esse ano foi a confirmação de muita coisa na minha vida: realmente conquistei amigas especiais, me desliguei de quase tudo que era ruim, me apaixonei de um modo que não sei até agora me desvencilhar, amadureci, mantive o que valia a pena, prestei o melhor curso que poderia pensar e faço o que me faz feliz, mudei e tenho tentado entender, por muitos meios, um pouco mais sobre meu próprio mecanismo. Meus dias tem sido, definitivamente, essa confirmação e eu me sinto realizada por perceber que ultrapassei algumas barreiras que eu mesma havia criado.
Confesso que, com tantos finais e recomeços, me sinto, muitas vezes, acuada e cheia de medo, me sinto uma adolescente por chorar tanto por amor e ódio e uma criança por ter medo de ficar sozinha, mas às vezes, como agora, me sinto uma mulher. Que pensa mais do que deveria, que sofre antecipadamente, que não entende nada, que sofre, chora e é feliz. E é feliz, só tem medo porque, nossa, a vida é grande demais e o que me espera, me espera. Eu espero.
E o que eu quero dizer, então, com tudo isso? Que eu só quero, pro novo ano, o que venho tendo até então. Meus amigos, minha família, meus livros, minhas músicas, minhas certezas, minhas angústias, meus medos, meus segredos, algumas realizações e alguns bons sonhos. Nada de muito extravagante, só as pequenas coisas que movem qualquer um por aí. A diferença é que as minhas coisas me levam pra looooooooonge, bem longe. E é longe que eu tenho estado, de muita gente, de muita coisa e de mim. Longe pra pensar, longe pra sentir melhor, longe porque perto não há santo que segure meu impulso, longe porque é longe que me querem.
Não sei se eu tô muito feliz, é difícil saber e é difícil ficar muito feliz, não sei se acredito nisso tudo, não sei nem se tem um gatinho da malhação me esperando ali na esquina, mas, meu bem, se eu não tentar, quem vai tentar por mim? E novo ano, me parece, tá aí pra isso, não é? Pra gente começar de vestido branco, cueca bem vermelha e com uma fitinha amarela em alguma parte do corpo.
Vou esperar por algumas mudanças e que elas esperem por mim. E que estejam, de preferência, vermelhas.

Camila

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

É quase isso

Pura mistura.
Um pouco de tudo que há de bom e ruim, um pouco do bonito e do feio, do alegre e do triste, de todos os opostos que existem por aí nesse mundo.
Um bom tanto de preguiça, de ociosidade, de ‘uais’ cheios de sossego. Um pouco da pressa do mundo, do caos, da vontade de ter pra ontem, de correr contra o tempo, ou mesmo contra nada.
Bastante ciúme, vontade louca de ser quase dona, uma certa dose de loucura que é comum a todos e uma parte que é só minha, meu excesso. Romantismo explícito ou frustradamente escondido, transparente em cada olhar que brilha ou em cada sorriso que demonstra bem mais que alegria.
Fé inabalável, mas que desconfia e chega a ter medo do que é religioso. Confiança no mundo, nas pessoas, em boas atitudes, no amor, na amizade. Um pouquinho de desconfiança, que não chega a me fazer dormir com um olho aberto e outro fechado, mas faz bem pra deixar um pouco esperta.
Muito choro e muito sorriso, às vezes os dois ao mesmo tempo, tipo chuva e sol. Mas daí já não é casamento de espanhol, é tpm mesmo.
Muitas manias, muitos vícios, muito jeito pra ser engraçada de vez em quando e uma incrível alma artística pra chorar na frente do espelho, fazendo cara de mocinha de novela, só pra ver o estrago que as caretas fazem.
Um pouco de medo, de coragem, de decisão, de amores, de paixão. Tanta saudade que nem cabe aqui, amor pelas amizades que eu conquistei.
Raiva que logo vai embora e um grande amor que sempre fica. Alguns sonhos realizados e outros ainda nascendo. Um pouco de alegria e dor. Verdades e algumas mentiras, todo desejo de ser sempre assim e, ao mesmo tempo, sempre mais.

Camila

Amanhã!

Eu sempre me sinto um pouco cansada (ou muito) por deixar tanta coisa pra amanhã.
Coisas que eu quero falar e fazer. Atitudes que há muito tempo eu deveria ter tido, coragem, menos preguiça, mais vontade de fazer hoje, de não deixar coisas pra um depois que talvez nem chegue. Ah, que canseira de ser frouxa o suficiente pra empurrar a vida com a barriga e, meio que, me anestesiar pra viver essa loucura de uma forma menos doída.
Não devo ser a única a adiar as coisas, mas o que me importa sou eu. E eu adio tanta coisa que nem lembro mais. Mas amanhã eu me lembro e termino de contar! =D

Camila

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

5 amigas e...

Alguns dias da minha vida merecem ser repetidos, só pra eu ter certeza do que é ser eterno.
Dias, momentos e pessoas que não ficarão pra trás em nenhuma hipótese. E agora, só de fechar a porta, já tô com saudades e com vontade de nunca perder, de nunca deixar de fazer parte, saudade.
Vontade de ter pra sempre, saudade de todo dia, orgulho pelo que existe, expectativa pelo que vem, amor por nós, pelo encontro. Amor por conhecer, saber e escolher. Amor pela amizade e pelos 'dias que não deixaremos para trás'.
Mas eu odeio despedidas, até prefiro uvas passas com arroz!

Camila